Alive. Os homens e mulheres do lixo cool

A EDP lançou um desafio a 16 alunos de design e fotografia do IADE: ilustrar caixotes do lixo para serem expostos no Passeio Marítimo de Algés.

Alive. Os homens e mulheres do lixo cool

Se por esta altura está ansioso pelo concerto de Arcade Fire de mais logo e nem consegue acertar com os restos de comida nos caixotes do lixo, não se preocupe, 16 alunos do IADE têm a solução para o leitor: ilustraram 18 daquelas caixas rectangulares verdes das mais variadas formas graças ao desafio lançado pela EDP- uma delas foi pintada por todos os concorrentes e um dos alunos fez dois caixotes. O tema era livre. E os prémios? Bilhetes diários e a oportunidade de ter a sua obra urbana no Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia. 

Só três saíram vencedores mas isso não fez com que estes alunos perdessem as estribeiras. "Tivemos uma semana para ilustrar, não houve competitividade extrema. Discutimos ideias e ninguém ficou chateado por perder, foi um projeto que nos trouxe mais know-how e exposição". É assim que João Tito Gouveia, um dos três vencedores, explica ao i como foi todo este processo que se inspirou no festival de Coachella que decorre todos os anos na Califórnia. Primeiro receberam uma miniatura, depois foi definir como queriam ilustrar as suas peças e no fim pintá-las já no recinto.

Tito, de 23 anos, é aluno do Mestrado de Design e Cultura Visual e inspirou-se nas lendas. "As lendas nunca morrem", é a frase que vem destacada no seu caixote e que serve de homenagem a Lemmy, um dos fundadores dos Motorhead, que morreu o ano passado. "Gostava muito de os ter visto aqui neste festival e portanto decidi fazer-lhe uma homenagem porque as lendas nunca morrem", rematou.

E tal como as lendas, ninguém quer que o nosso planeta morra graças ao lixo com que o enchemos todos os dias por isso já sabe leitor, mesmo que esteja ansioso, abra bem os olhos: estão aí uns caixotes cool para deitar o lixo fora.