Mário Centeno esclareceu ontem que António Domingues e o resto da equipa entram em funções já no dia 31 de agosto, o último dia da equipa cessante, liderada por José de Matos. Até lá haverá um “período de transição” entre estas duas equipas.
O ministro das Finanças defendeu ainda que a nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) deve contar com mais de 15 elementos, mas não quantificou o número final.
O governo começou este processo a indicar 19 nomes, mas a posição do Banco Central Europeu (BCE) sobre a nova equipa não foi a que o executivo esperava. Além de ter sido invalidada a nomeação de oito gestores não executivos, a instituição presidida por Mario Draghi obrigou ainda o banco público a ter 30% de mulheres nos cargos de topo. Mais: impôs que três dos novos administradores executivos frequentassem cursos de gestão bancária no Insead, uma escola de gestão francesa.
Dos 19 nomes inicialmente propostos pelo conselho de administração do banco público, apenas 11 foram apresentados na lista final ao BCE e tiveram luz verde. De acordo com o secretário de Estado do Tesouro, Ricardo Mourinho Félix, a nova gestão avança já com os 11 administradores validados pelo BCE. Os restantes serão nomeados “num curto espaço de tempo”.
A mudança na administração da CGD sofreu vários percalços desde o início. A equipa atual do banco público chegou a enviar uma carta a Mário Centeno, no passado dia 21 de junho, em que referia não ter mais condições para se manter à frente da Caixa – uma decisão depois revertida, com a manutenção em funções.
