CGD. Já é conhecido o plano para recuperar banco

A fórmula passa por cortar gastos em fornecedores e em pessoal, reduzir os juros dos depósitos,  cobrar mais pelos empréstimos e reduzir a presença da Caixa no exterior.

Já é conhecido o plano para ajudar a recuperar a Caixa Geral de Depósitos e, acima de tudo, para que o maior banco do país possa regressar aos lucros. A fórmula passa por cortar gastos em fornecedores e em pessoal, reduzir os juros dos depósitos,  cobrar mais pelos empréstimos e reduzir a presença da Caixa no exterior.

Estes dados constam do plano estratégico criado ainda pela administração de António Domingues. Mas tudo indica que se irá manter, uma vez que, Paulo Macedo, esta semana, afirmou que “a Caixa precisa de desenvolver o seu trabalho e pôr em prática o plano que está aprovado”.

As contas são simples: o banco prevê cortar na remuneração de quem tem poupanças na instituição financeira que, em termos médios, irá passar de 0,6% para 0,2%. Já para quem precisar de crédito, vai ter de pagar mais. No conjunto, as duas medidas devem render mais de 400 milhões de euros até 2020.

Ao mesmo tempo, vão aumentar as comissões a pagar pela seguradora Fidelidade. Ou seja, quanto mais seguros forem vendidos aos balcões, mais a companhia terá de pagar. A atualização das comissões vai aplicar-se também a alguns serviços prestados aos clientes do banco. Esta medida, segundo as contas do ainda administrador, deverá gerar um ganho na ordem dos 150 milhões de euros.

Encerramentos e saídas

O novo plano de negócios da instituição prevê ainda o fecho de 180 agências em quatro anos e a saída de cerca de 2200 trabalhadores, sobretudo através de pré-reformas. A este número +e preciso ainda acrescentar as 460 saídas em 2016. Com esta reestruturação, o banco do Estado prevê reduzir os custos operacionais e reduzir as despesas com pessoal em 75 milhões de euros.

Outro objetivo passa por reduzir a presença da Caixa no exterior. Daí estar prevista a alienação das operações em Espanha, África do Sul e Brasil, bem como o encerramento dos escritórios de Londres e Nova Iorque.