A morte que nos descansa

Nunca defendi a pena de morte e não fico, obviamente, radiante com a morte de Anis Amri, o tunisino suspeito do atentado de Berlim, da passada segunda-feira, que provocou a morte a 12 pessoas e feriu 49.

Mas fico mais descansado em saber que as autoridades europeias conseguiram identificá-lo e abatê-lo, já que resistiu à detenção. Fiquei com a ideia que o atentado no mercado de Natal de Berlim não comoveu muita gente atendendo a que foi na pátria de Angel Merkel, a má da fita para muitos dos anti troika.

Mas a Europa bem precisa de uma Alemanha unida, capaz de enfrentar os nacionalistas de extrema-direita, e a morte deste tunisino acaba por ser um conforto para todos aqueles que temem o crescimento das ideias xenófobas e racistas. Quanto mais dias andasse fugido, mais a extrema-direita alemã subiria nas ‘sondagens’.

A morte de Anis Amri em Milão, Itália, quando tentou fugir a um controlo policial, significa uma pequena vitória das polícias europeias. E dá-nos o tal conforto de que os bárbaros não cometem os seus atentados e conseguem fugir impunes.