2017 dúvidas menos uma

Para o ano que começa às 00h00 de amanhã, há muitas dúvidas, talvez mais de 2017, menos uma – já lá vamos.

Há 15 dias (edição do SOL de 17 dezembro) dediquei esta minha página a Mon Ami, Soares (título da crónica). 
Mário Soares estava internado na Cruz Vermelha, com prognóstico reservado, mas felizmente apresentava melhoras e sinais de recuperação da consciência. 

Infelizmente, a situação clínica inverteu-se e de forma irreversível. 

Ainda assim, como dizia ontem o sobrinho Eduardo Barroso à porta do hospital, Mário Soares não se resigna nem à morte e até na hora da partida faz jus à sua vida de resistência, de luta.

Para o ano que começa às 00h00 de amanhã, há muitas dúvidas, talvez mais de 2017, menos uma – já lá vamos.

Porque o ano de 2016 foi, de facto, muito fértil em acontecimentos que deixam muitas interrogações para o futuro próximo.

E as dúvidas adensam-se se olharmos para além fronteiras, seja para norte, seja para sul, nascente ou poente.

A dúvida que não resta é que a História de Portugal teria sido muito diferente sem Mário Soares, o pai da democracia neste país, sem  prejuízo de todos os muitos que por ela lutaram e que para ela contribuíram.

Por isso, o SOL, nesta última edição de 2016, presta homenagem a Mário Soares.

Porque se fecha um ano, se está a encerrar um ciclo e a entrar numa nova era.

Como aqui escrevi há 15 dias, com todos os defeitos e virtudes, com todas as vitórias e derrotas, Mário Soares é uma figura maior da História e um homem grande.

Por ser quem foi. Para a Democracia, para a Liberdade, para Portugal.