A emissão da RTP 3 prosseguiu normalmente, mas o número de mortos foi atualizado para 35. E foi nesse ponto que a transmissão televisiva se tornou esquizofrénica: festa em Lisboa – emissão da televisão turca em direto de Istambul e para os 35 mortos – festa no Porto – novamente para Istambul e para o atentado na discoteca – etc.
É claro que os diretos dos locais das festas já estavam previstos e planeados há muito, mas em meu entender deveriam ter sido anulados e a emissão passar total e imediatamente para Istambul. Um atentado terrorista que faz 39 mortos é uma coisa muito séria, muito mais séria do que o ritual das 12 passas e do espumante. Talvez, se um dia o terrorismo deste tipo chegar a Portugal, os diretores das emissões televisivas dos canais de informação se apercebam imediatamente disso.
Mas talvez esse dia nunca chegue. Neste caso, a estupidez até é benéfica.