CGD. “Governo deixou de ter condições para cumprir o prometido”

António Domingues disse ainda que foi ele que alertou o Executivo que seria preciso “um plano B”

O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) garantiu que, “a certa altura, o governo deixou de ter condições políticas para cumprir o prometido”, lembrando que foi mandatado para convidar um conjunto de pessoas sob certas circunstâncias. A garantia foi dada por António Domingues, durante a comissão de Finanças, no Parlamento.

"Em Outubro percebeu-se que já não existiam essas circunstâncias", afirmou, lembrando que só deu a conhecer a equipa no final de julho depois de ter sido aprovado o decreto-lei que excepcionava a Caixa do estatuto de gestor público”, salientou.

E que nessa altura, terá sido ele próprio a alertar o governo para o facto de ser preciso “um plano B”, porque “o debate, nos termos em que estava a evoluir”, não iria permitir manter as condições políticas acordadas.

António Domingues admitiu também que tinha sido pressionado pelo governador do Banco de Portugal para dar os nomes da equipa, mas que manteve a sua posição sobre as circunstâncias que o levaram a aceitar o cargo. " É esse o quadro em que fui convidado por isso não posso entregar", esclareceu.

“Eu fui convidado, ou melhor, fui mandatado, para convidar um conjunto de pessoas em certas circunstâncias, mas a certa altura tornou-se claro que essas circunstâncias se tinham alterado”, concluiu.