Montepio desmente buscas

Ministério Público abriu um novo inquérito-crime que envolve Tomás Correia, ex-presidente do Montepio, e um empresário e construtor civil da Amadora, Jorge Silvério

O Montepio desmentiu "a existência de quaisquer diligências por qualquer autoridade nas suas instalações".

Esta garantia veio desmentir a notícia que tinha sido avançada pelo Expresso e que revelava que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) tinha realizado na quarta-feira uma operação de buscas às instalações do Montepio relacionada com a administração de Tomás Correia, que foi presidente do banco até 2015.

Segundo o jornal, a operação serviu para recolher provas documentais num novo inquérito-crime do DCIAP sobre suspeitas de corrupção, burla qualificada e abuso de confiança na atribuição de empréstimos para financiar projetos imobiliários. Em causa está um alegado favorecimento a Jorge Silvério, um empresário e construtor civil da Amadora.

Mais investigações

Já no final do mês de dezembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que se “encontra em investigação” uma denúncia feita pelo Banco de Portugal em julho do ano passado envolvendo movimentos que passaram pela Caixa Económica Montepio Geral (CEMG). Em causa estarão operações financeiras transfronteiriças entre Angola e Portugal e que não terão sido reportadas ao abrigo das regras de combate ao crime de branqueamento de capitais.

Em abril de 2015 o Departamento de Acção Sancionatória (DAS) do Banco de Portugal detectou a circulação de fundos com origem em Angola, e que envolviam o Finibanco Angola e o Montepio (o principal accionista) que considerou de sensibilidade elevada, recomendando que fossem comunicados às autoridades policiais.

(Notícia atualizada com as declarações do Montepio)