PSD-Lisboa. Confiança em Passos e ‘não’ a coligações pré-eleitorais

O PSD Lisboa já decidiu. Nas autárquicas na capital quer ir a votos sozinho, sem coligações pré-eleitorais. E confia na escolha de Passos

Para o primeiro vice-presidente da concelhia de Lisboa, Rodrigo Gonçalves, o documento aprovado na reunião de quarta-feira desta estrutura vem assumir esse compromisso de dizer não a coligações pré-eleitorais.

“O projeto que elegeu a comissão concelhia previa claramente a não realização de coligações pré-eleitorais em Lisboa. Ficou definido no documento aprovado ontem, por unanimidade, manter esse princípio de coerência que fizemos aos eleitores, aos militantes do PSD”, disse ao i este conselheiro nacional do partido.

Na leitura deste dirigente da concelhia, do documento pode extrair-se o princípio de o PSD “apresentar uma candidatura nova, ou seja, que ainda não há. E isso passa a por um candidato próprio”.

Para Rodrigo Gonçalves, estas são as das principais ideias debatidas numa reunião da comissão política concelhia “tranquila, serena e perfeitamente consensual”, na qual se avaliou um documento submetido aos pares pelo presidente desta estrutura, Mauro Xavier.

O também dirigente nacional do partido destacou também uma terceira ideia saída da reunião: “Mandatámos o presidente da concelhia para que a represente junto do líder do partido, Pedro Passos Coelho, para tratar desta questão. Mas a decisão final está nas mãos do presidente do PSD”.

“Ficou também claro e foi unânime que todos temos confiança de que Pedro Passos Coelho fará a melhor escolha para que o PSD saia vencedor em Lisboa”, salientou.

Rodrigo Gonçalves esclareceu ainda que na reunião “em circunstância alguma se falou de nomes” e escusou-se “a comentar alguns que têm aparecido na imprensa”, designadamente Carlos Barbosa e José Eduardo Moniz. “Não fazia sentido estar a dar um voto de confiança ao presidente do partido e, simultaneamente, a impor ou a avançar com nomes”.

“Por outro lado, há também um sinal evidente que esta reunião transmitiu. A união do PSD em Lisboa e isso é fundamental para qualquer vitória na capital. Sempre que o PSD esteve unido, ganhou. Quando fracionado, como nos tempos de Fernando Negrão e Carmona Rodrigues, o partido esteve dividido e perdeu, oferecendo a câmara a António Costa”, lembrou.

E concluiu: “O PSD é o maior partido com assento parlamentar. É um dos principais partidos da democracia portuguesa. Encontrará com certeza dentro dos seus e no universo dos eleitores sociais-democratas uma solução para vencer a câmara de Lisboa”. O i tentou ouvir o presidente da concelhia, Mauro Xavier, mas este remeteu um comentário para mais tarde, invocando razões profissionais.