A ministra da Ecologia francesa, Ségolène Royal já veio garantir que não tem “nenhuma razão para pensar que a Renault cometeu uma fraude como a Volkswagen” ao nível das emissões de gases dos motores a diesel da marca francesa. Esta reação surge depois de ter sido revelado que a marca francesa está a ser investigada pela justiça por suspeitas de manipulação nas emissões de gases poluentes nos carros a gasóleo.
Ainda assim, para Ségolène Royal lembra que “compete à justiça apurar a situação”. A ministra explicou também que a abertura de uma investigação judicial à Renault “pode vir a ser seguida por outros construtores nos quais foram também detetadas anomalias” durante a investigação ordenada pelo governo francês.
A governante disse também que não pode interferir na investigação judicial e que são os tribunais quem decidirão “se a Renault usou um dispositivo de manipulação” das emissões de gases poluentes “como fez a Volkswagen”.
Recorde-se que, na sexta-feira passada, a Renault foi alvo de buscas relacionadas com suspeitas de fraudes ao nível das emissões poluentes e, nesse dia, as ações do fabricante automóvel caíram na sexta-feira mais de 20% na bolsa de Paris, depois de os sindicatos terem feito esta revelação. Esta notícia surgiu um dia depois de a Fiat Chrysler ter sido acusada pelas autoridades norte-americanas de ter adulterado os motores de 104 mil veículos a gasóleo nos Estados Unidos para minimizar o nível real das emissões poluentes.
As autoridades antifraude francesas estiveram em diversos locais de produção da Renault, segundo fontes sindicais, que referiram ainda que o raide apontava para investigações relacionadas com as emissões poluentes. O alvo da investigação foram fábricas de motores da marca francesa o que sugere, segundo o sindicato, que as buscas “estão ligadas às consequências do escândalo da Volkswagen”.
A empresa francesa já veio garantir que os seus veículos estão de acordo com todas as regras francesas e da União Europeia.
