O debate sobre o acordo ortográfico foi reaberto quando o Presidente da República escreveu um artigo num jornal com a antiga ortografia. Pedro Mexia, assessor cultural do Presidente da República, disse neste fim de semana ao “Expresso” que a Presidência tem recebido diversas mensagens de cidadãos que contestam o acordo e o Presidente “não deixará de sublinhar a utilidade e necessidade de reflexão” no caso de ele não ser adotado por outros países.
O governo não mostra, no entanto, abertura para reabrir o debate. “Cada país tem o seu tempo e a sua política. Esperamos calmamente que esse processo se conclua, julgo que se vai concluir com êxito para todos”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros. Augusto Santos Silva realçou que o acordo ortográfico “é uma convenção internacional adotada pelos países da CPLP” que “já foi ratificada e se encontra em vigor em Portugal e em mais três países”.
Já o Presidente da República admitiu, no domingo, que há países em que existe ainda uma reflexão sobre o acordo e “há que acompanhar essa ponderação, e depois ver se há razão para reponderar em Portugal”.