Lisboa vai debater o mundo

O auditório n.º 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, recebe hoje e amanhã a segunda edição das Conferências de Lisboa, um fórum de debate que aborda os grandes temas da atualidade internacional.

Lisboa vai debater o mundo

A iniciativa, liderada pelo ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado, propõe-se a promover a troca de ideias sobre temas como os efeitos da globalização na área da segurança, os desafios que enfrenta atualmente a União Europeia ou a reforma da Organização das Nações Unidas.

Para isso, as Conferências de Lisboa vão trazer à capital portuguesa nomes como o de Khalid Malik, antigo diretor do gabinete da ONU responsável pela elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano, que participará num debate dedicado ao desenvolvimento sustentável e globalização.

Já Tariq Ramadan, professor de Estudos Islâmicos na Universidade de Oxford, marcará presença no painel focado nos efeitos da globalização nas ameaças à segurança dos Estados, que abordará as causas dos principais conflitos da atualidade. Um debate que contará ainda com a presença do jornalista Graeme Wood, responsável por uma dos artigos mais lidos a nível mundial sobre o funcionamento e os objetivos do principal grupo terrorista da atualidade – o Estado Islâmico.

A União Europeia e o seu permanente estado de encruzilhada será também tema de conversa durante um debate que contará com o português Viriato Soromenho-Marques e com a diretora do departamento de investigação da universidade parisiense de Sciences Po, Anne-Marie LeGloannec.

A lista de oradores conta ainda com a presença de nomes fortes do panorama político nacional, como é o caso do atual candidato a secretário-geral da ONU, António Guterres, do ex-vice primeiro-ministro Paulo Portas ou do atual presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.

Clube de Lisboa

A segunda edição de uma iniciativa que se propõe a colocar Lisboa no mapa do debate político internacional ficará ainda marcada pelo lançamento do clube de Lisboa. Luís Amado junta-se a dois antigos chefes da diplomacia nacional – Paulo Portas e António Monteiro – para apelar à criação do Clube de Lisboa – uma ideia que a organização pretende vir a permitir tornar Lisboa num “espaço privilegiado para o debate e o estabelecimento de pontes de entendimento entre Portugal, a Europa e atores de outros continentes”.