Sabe qual é o ordenado médio dos trabalhadores de call center?

Os operadores de call center ganharam, em média, 750 euros por mês no ano passado. Os dados foram revelados por um estudo da Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC) e revelam que o ordenado médio aumentou na ordem dos 3% entre 2014 e 2015.

No entanto, estes valores diferem consoante o setor de atividade. Os operadores da área da assistência em viagem são os que recebem mais com os salários a fixarem-se, em média, nos 1.100 euros em 2015, enquanto os dos correios e distribuição expresso ganharam 1.010 euros.

Na indústria, o salário médio esteve na ordem dos mil euros e nos seguros, transportes e viagens à volta dos 800 euros.

Os operadores com o salário médio mais abaixo são os que prestam serviço às empresas de serviços de utilidade pública e ao comércio (retalho e distribuição), rondando os 600 euros.

Os funcionários destes centros de contactos têm na maioria formação ao nível do ensino secundário (60%) e do ensino superior (30%). Do total, 10% afirma ter formação ao nível do ensino básico.

A grande maioria das empresas inquiridas (57%) está localizada em Lisboa, 8% no Porto e 5% em Coimbra e Castelo Branco.

Serviço ao cliente domina

O serviço ao cliente é a principal atividade destes call centers (91%), seguido pelo telemarketing/vendas (65%), suporte técnico ao cliente (59%) e gestão de reclamações (10%)

As chamadas recebidas em 2015 duraram em média cinco minutos, o que corresponde a uma diminuição de dois minutos face a 2014.

Os setores onde os clientes ficaram “em espera” durante mais tempo correspondem ao da segurança, com 140 segundos, seguradoras, com 65 segundos, e do turismo, com 47 segundos de tempo de pausa.

O número médio de chamadas atendidas por operador cresceu cerca de 10% face a 2014, alcançando as 11 chamadas por hora por operador.

Em relação a dados financeiros, de acordo com a APCC, o volume de negócios médio, em 2015, dos participantes no estudo foi de 503.439 milhões de euros. Os encargos com os salários e prémios representam um total de 57% das despesas dos operadores, seguido da contratação e formação que representam 11% dos encargos.