O “grande equívoco da Europa” visto pelo PS nos seis meses de Governo

No dia em que se assinalam os seis meses do Governo, o site do Partido Socialista partilha os vídeos de duas curtas entrevistas a dois os principais responsáveis pelo funcionamento da geringonça no Parlamento, Pedro Nuno Santos e Carlos César.

O “grande equívoco da Europa” visto pelo PS nos seis meses de Governo

Nos vídeos, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e o líder da bancada socialista explicam que a nova forma de governar de António Costa faz o equilíbrio entre os compromissos europeus e os objetivos de maior igualdade social e crescimento e garantem que o Governo é sólido.

“Geringonça é uma estrutura frágil. E se há coisa que já mostrámos é que esta é uma governação sólida”, afirma Pedro Nuno Santos, numa altura em que à esquerda já se adotou sem complexos uma expressão criada por Vasco Pulido Valente e popularizada por Paulo Portas para descrever o Governo PS apoiado por BE, PCP e PEV.

“Temos um Governo sólido e consistente”, sublinha o secretário de Estado que tem tido a tarefa de manter as negociações com os partidos mais à esquerda e que não tem dúvidas de que o paradigma de governação se alterou com este novo Executivo.

A liderar a bancada do PS no Parlamento, Carlos César vê também coesão nesta maioria de esquerda. E ilustra isso com o facto de “em centenas de votações o PS não ter perdido por mais do que uma dezena de vezes”.

“Não estamos a governar em função do défice orçamental”, frisa o governante, explicando que o anterior Governo “defendia a União Europeia em Portugal”, mas não o país em Bruxelas e que é precisamente isso que a atual maioria está a fazer.

“Repor a dignidade do povo português foi um dos grandes objetivos e estamos a fazer isso”, assegura Pedro Nuno Santos.

A análise de Carlos César vai no mesmo sentido. O líder parlamentar socialista diz que o atual Governo mostrou ser capaz de juntar o “sentido de responsabilidade financeira ao sentido de responsabilidade social”, porque “não basta ter as décimas do Orçamento, do défice ou da dívida em conformidade com o dispositivo ou o desejo europeu”.

Para César, é preciso “mais igualdade social” e combater o “grande equívoco na Europa” de que a competitividade se faz à custa dessa igualdade.