Milhares de pessoas participam esta tarde na manifestação organizada em Lisboa em defesa dos colégios particulares e da manutenção dos cortes de associação. Segundo a organização, citada pelo Público, estima-se a adesão de 36 mil pessoas. Ainda não houve uma confirmação oficial destes números.
A manifestação junta não só representantes de colégios com contratos de associação com o Estado mas também de colégios sem qualquer subsidio estatal. Os participantes vão por esta hora a caminho da Assembleia da República, onde culminará o protesto.
A polémica em torno dos cortes nos contratos de associação, justificada pelo governo com o facto de haver capacidade instalada nas escolas públicas por aproveitar, parece continuar em rota ascendente. Na rua, além de pedidos de famílias para que jovens possam continuar nos colégios, defende-se a liberdade de escolha na educação, que por agora não foi objeto de qualquer iniciativa legislativa.
Este fim de semana o governo considerou haver uma manipulação de informação por parte da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, que divulgou informação sobre vistos prévios do Tribunal de Contas aos contratos de associação para corroborar a ideia de que o vínculo que existe entre as escolas e o Estado tem apoio institucional.
Porque a discussão publica já vai muito alem dos contratos de associação, foi convocada uma manifestação em defesa da escola pública para o dia 18 de Junho.
Ana Benavente, António Teodoro, Arménio Carlos (CGTP-IN), David Rodrigues (Associação Pró-Inclusão), Heloísa Apolónia (GP do PEV), Isabel Gregório (CNIPE), Isidoro Roque (FERLAP), Joana Mortágua (GP do BE), Manuel Pires da Rocha (Diretor do Conservatório de Coimbra), Mário Nogueira (FENPROF), Miguel Tiago (GP do PCP), Norberto Pires, Paulo Sucena, Porfírio Silva (GP do PS) e Santana Castilho já confirmaram presença e depoimento nesta Marcha em Defesa da Escola Pública. Há também uma petição em circulação em defesa da escola pública, que ultrapassa já 30 mil assinaturas.
