Vizinhos continuam a queixar-se do ruído da sede da PJ

Um bairro familiar, pacato. Era assim que os moradores das ruas adjacentes à sede da Polícia Judiciária (PJ) descreviam a zona. Mas as mudanças começaram assim que o novo edifício começou a funcionar. Há um ano, os moradores queixavam-se ao SOL do barulho «infernal» provocado pelos aparelhos de ar condicionado instalados para climatizar a sede…

Vizinhos continuam a queixar-se do ruído da sede da PJ

 Ao SOL, a presidente da Junta de Freguesia de Arroios, Margarida Martins, confirmou que continua a receber protestos de moradores: «Ainda no último fim de semana recebemos outra queixa». Segundo a autarca, porém, desde que houve uma reunião no ano passado entre técnicos e moradores, que trocaram contactos para tentar resolver o problema, a situação «está um bocadinho melhor».

Fonte oficial do Ministério da Justiça disse ao SOL, aquando as primeiras queixas, que a responsabilidade dos decibéis-extra caberá à construtora  – a Opway, entretanto em processo de insolvência – que instalou os ares condicionados. «A única coisa que podemos fazer é continuar a sensibilizar, não temos poder para agir. Por isso reencaminhamos as queixas para a entidade competente – a Câmara Municipal de Lisboa, que é a responsável pela fiscalização do ruído», diz Margarida Martins. 

Visitantes da prisão fazem piqueniques nos prédios

No entanto, o barulho dos aparelhos não é o único ruído de que se queixam os vizinhos da PJ. De momento, a entrada para a prisão (localizada nos calabouços do edifício) é efetuada por uma rua que desemboca no chamado Bairro Catarino – «um bairro pequenino e calmo», conta a presidente da Junta.

A população já pediu à Polícia Judiciária e à Direção-Geral dos Serviços Prisionais  para que seja usada a entrada de lado do edifício, virada para o Liceu Camões. «O problema de se usar esta entrada, que julgo nem ser a principal para a prisão, é que as visitas sentam-se na rua a conversar, entram dentro dos prédios e até fazem piqueniques nos átrios», descreve Margarida Martins. «É uma situação ambígua que tem que ser tratada pelas duas entidades,  apesar de falarmos de um único edifício».