Justiça

Acabe-se de vez com os megaprocessos e com um TICÃO em que só estão dois juízes diametralmente opostos (que raio de Justiça é esta?), e em que eu não gosto de nenhum deles, embora admita que  há um mais disparatado – e muita gente, colocando-se abertamente de um dos lados, goste só de um.

‘O que está acontecer é a Justiça a não funcionar’ – disse Rui Rio, a propósito do polémico acórdão de  Ivo Rosa, sobre a Operação Marquês. Já vimos, até pela unanimidade do coro levantado, que Rosa não terá actuado da melhor maneira.

Mas há mais problemas: o dos megaprocessos, impossíveis de seguir honestamente por quem de direito (Marques Mendes falou na hipótese de o Ministério Público os apreciar, por os tornar mais mediáticos, ao que os senhores e senhoras do Ministério Público não resistiriam), e que a ministra de Justiça do Governo PS (elemento preponderante do Ministério Público) já veio reconhecer ser realmente um problema a solucionar.

Também a nova procuradora-Geral veio anunciar que este caso talvez leve a alterações no comportamento do MP, e eu espero que esse caso seja uma delas. Por outro lado, por alguma razão o MP não incluiu Rosário Teixeira, o procurador encarregado do Caso Marquês, logo de início, na sua lista de promoções actuais – o que mostra mais claramente não haver apenas um mau nisto tudo.

De resto, desejo manifestar o maior apreço por esta procuradora. E sem com isso querer ilibar as responsabilidades de Ivo Rosa no assunto, quero lembrar que os megaprocessos cresceram muito no tempo da anterior procuradora-Geral, tão admirada por quem acha que certas pessoas são insubstituíveis.

Acabe-se de vez com os megaprocessos e com um TICÃO em que só estão dois juízes diametralmente opostos (que raio de Justiça é esta?), e em que eu não gosto de nenhum deles, embora admita que  há um mais disparatado – e muita gente, colocando-se abertamente de um dos lados, goste só de um.