Portugueses no mundial de futebol de rua

O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, pediu hoje à selecção nacional de futebol de rua que faça o possível para trazer a vitória do campeonato do mundo, que decorre a partir de domingo no Rio de Janeiro

jaime gama recebeu hoje na assembleia da república (ar) a selecção, a quem fez algumas perguntas técnicas, como o número de jogadores, estratégias de jogo, dimensão do campo e da baliza.

o presidente da ar quis ainda saber quem têm sido os principais adversários de portugal ao longo dos últimos anos em que se têm disputado os campeonatos do mundo e encorajou os jovens a darem tudo para tentarem trazer a vitória para casa.

no final cumprimentou-os um a um e desejou-lhes boa sorte para a competição, a oitava mundial desde que esta iniciativa, promovida em portugal pela associação cais, teve início.

na opinião de jaime gama, esta é uma «iniciativa de grande contributo, de valorização pessoal e dos jogadores e um excelente trabalho da organização que tem promovido a participação portuguesa numa prova mundial».

além disso, é uma «grande acção de valorização pessoal, de inserção em projectos saudáveis e de prestação exigente na área desportiva», acrescentou à agência lusa.

os jogadores concordam que as provas são exigentes, mas estão mentalizados de que isso é fundamental para terem uma boa prestação no brasil.

pedro ferreira, madeirense, é dos que mais puxa pelo físico: chega quase sempre atrasado aos treinos, o que lhe vale umas flexões extra como castigo.

gonçalo santos, coordenador do projecto, afirma que «pedro já deve ter feito nestes dias mais flexões do que os outros jogadores todos juntos».

o jovem ri-se e confirma, mas adianta que os treinos estão a correr bem e que se vai esforçar para que a equipa consiga trazer a vitória.

desta experiência levará «grandes amigos» e uma maior vontade de estudar e perseguir os seus objectivos.

no horizonte tem um curso de cozinha. andré lemos, de aveiro, um dos capitães da equipa, sente-se bem com a «responsabilidade» que o cargo lhe dá, mostra-se empenhado em «dignificar e honrar a selecção nacional» e confiante de que vão «mesmo ganhar».

a amizade feita ao longo destes dias é das coisas que mais tem marcado o jovem, que lembra como ao segundo dia já estavam todos juntos num quarto a jogar às cartas e a rir.

«é paródia todos os dias, até ao acordar. é um grupo espectacular. damo-nos todos muito bem».

o outro capitão da equipa é rui andrade, a quem os organizadores chamam a «consciência do grupo», por ser o que mais chama os colegas à responsabilidade.

para tal poderá contribuir o facto de já ter experiência de jogador ainda antes de entrar na selecção.

o jovem de setúbal conta que de treino para treino a equipa está cada vez melhor e que chegará ao brasil «em grande forma».

lusa / sol