«este ano vamos atingir os objectivos orçamentais» e «trata-se de puro alarmismo pretender que os resultados e a realidade» são diferentes, declarou josé sócrates no final de uma reunião dos chefes de estado e de governo da união europeia.
o chefe do governo explicou que neste momento «a receita é maior» do que se esperava e a despesa «também está em linha com o que estava orçamentado».
«até este momento já colocámos 90 por cento da dívida que é necessário para o país em todo o ano», disse josé sócrates, reconhecendo que as condições de mercado são adversas.
para o primeiro-ministro «não há nenhuma razão» para alterar os objectivos definidos, reduzir o défice orçamental de 9,4 por cento do pib em 2009 para 7,3 em 2010 e 4,6 no próximo ano.
«é esse o nosso compromisso e vamos levá-lo muito a sério», garantiu josé sócrates, recordando que «no próximo ano o país tem de fazer um esforço sério de redução do défice orçamental».
para o chefe do governo as medidas já tomadas «são suficientes para atingir o objectivo este ano», acrescentando que o que se tem de fazer agora é um orçamento para o próximo ano.
por outro lado, josé sócrates voltou a criticar o psd por este partido ter dito «muitas coisas que são muito divergentes».
«espero que eles acabem numa posição consequente e responsável», declarou.
o chefe do governo concorda que lisboa tem de «reduzir a despesa mas também de aumentar a receita», como estava a ser feito em 2008 quando portugal foi atingido pela crise financeira internacional.
«os nossos problemas, em grande medida, devem-se à quebra das receitas em 2008», afirmou, referindo que actualmente «a situação de portugal é de recuperação».
quanto às notícias que têm saído sobre a evolução da dívida pública, repetiu que «tudo isso é alarmismo e tudo isso são avaliações que não ajudam nada».
josé sócrates congratulou-se ainda por no primeiro semestre do ano o crescimento económico ter sido o dobro do que se esperava para a totalidade de 2010.
lusa / sol