sócrates, que falava à saída da cimeira de chefes de estado e de governo dos 27, sustentou que «todo o debate que tem havido em portugal sobre vistos prévios» de bruxelas aos orçamentos nacionais «baseia-se apenas num equívoco», pois o «semestre» não contempla nenhum visto, mas sim uma discussão prévia entre todos os parceiros para concertar objectivos que estimulem o crescimento económico em toda a europa.
o chefe de governo explicou que o «semestre europeu» funcionará «de acordo com aquilo que já eram as práticas na união europeia», lembrando que, nos seus programas de estabilidade e crescimento, os estados-membros já comunicam a bruxelas as suas metas e «comprometem-se com objectivos orçamentais», pelo que o que se fará «é aquilo que já existe hoje» mas aplicado de forma mais concertada e rigorosa.
o que passará a acontecer agora, apontou, é que os objectivos orçamentais e os objetivos económicos na ue serão discutidos de forma prévia e concertada entre todos, no âmbito dos programas de estabilidade e crescimento e respetivos orçamentos que os substanciam.
sócrates salientou que «portugal verá as suas opções económicas discutidas com os outros», do mesmo modo que portugal terá oportunidade de discutir as opções anuais da frança, alemanha ou itália.
«tudo o resto não passa de um equívoco que não vale a pena alimentar pela simples razão que isso (vistos prévios) não existe», disse.
lusa / sol