a edição online da bbc avança que vinte veículos, novos e usados, entraram em gaza a partir do ponto de controlo de kerem shalom.
alguns dos carros servirão como táxis já que nos últimos anos, por falta de viaturas, a população passou a deslocar-se em charretes movidas por burros ou cavalos.
nesses anos, os únicos veículos que os palestinos conseguiram fazer entrar em faixa de gaza foram desmontados e levados por intermédio de túneis escavados entre território egípcio e a cidade de rafah, no sul da região.
na semana passada, o governo israelita também anunciou que 250 toneladas de materiais de construção seriam enviadas para o território com o objectivo de reconstruir o sistema de esgotos no bairro de sheikh ajlin.
no entanto, segundo a ong israelita gisha, o bloqueio à faixa de gaza é demasiado significativo e o desanuviamento da pressão «muito pequeno em relação às necessidades da população», menos de 30%.
a agência de refugiados das nações unidas, unrwa, rejeitou 40 mil alunos que queriam estudar nas suas escolas por falta de salas de aula. segundo a agência, faltam cerca de cem escolas no território e para construí-las são necessários materiais que israel não deixa entrar.
várias escolas utilizam contentores como salas de aula e em cada banco sentam-se três e não dois alunos.
o governo israelita defende a proibição da entrada de materiais de construção por motivos de segurança, argumentando que o hamas os poderia usar para fins militares.
segundo analistas locais, o principal objectivo do bloqueio é abalar a força política do hamas, piorando as condições de vida da população. no entanto, depois de três anos de bloqueio esse objectivo parece ainda não ter sido alcançado.
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