«portugal precisa de uma estratégia que tenha uma profunda dimensão ética e adopte medidas concretas no combate às desigualdades salariais e à distribuição dos rendimentos, particularmente nas empresas com capitais públicos», afirmou, frisando que «os exemplos têm de vir de cima, pelo que não pode haver lugar a decisões com sinais contrários».
o parlamentar falava durante a sessão que assinalou a passagem do 12.º aniversário do município da trofa, ato que decorreu nos bombeiros voluntários locais, com a presença da presidente da câmara.
na opinião do parlamentar «os portugueses não compreenderiam que neste momento difícil da nossa vida colectiva houvesse lugar a benefícios ou a privilégios».
antónio josé seguro defendeu, ainda, a necessidade «de uma estratégia que responda ao ataque dos mercados, mas que seja coerente com a promoção do crescimento económico de portugal. uma estratégia que responda a uma emergência presente, mas obedeça a uma visão de futuro».
«esta não é a altura para clivagens institucionais ou partidárias. nem para apurar a repartição de responsabilidades. haverá outros momentos. esta é a hora para uma séria convergência nacional num propósito concreto: defender o nosso país. é preciso reunir esforços. somar forças! mobilizar energias», afirmou.
antónio josé seguro considera que os dirigentes políticos «devem ser humildes e aprender com as lições da recente crise e com os próprios erros».
«há que arrepiar caminho, com novas mentalidades e tendo presente que a nossa prioridade é o crescimento económico», realçou.
disse que «é preciso mudar com inteligência, em vez de cortar. as soluções não estão na ponta de uma tesoura, mas em novas formar de criar riqueza para podermos crescer economicamente, de forma sustentável».
no final da sessão, e questionado sobre a necessidade de uma coligação governativa levantada, há dias, pelo ministro luís amado, antónio josé seguro escusou-se a comentar o tema, argumentando que não pertence à direcção do ps.
sol/lusa