de acordo com o sargento hayes, da polícia de nova iorque, seabra foi detido de madrugada num hospital onde recebida tratamentos e posteriormente levado para a unidade psiquiátrica do hospital bellevue, na zona leste de manhattan, para observação médica.
a polícia não revela se na altura o suspeito apresentava sinais de distúrbios ou de consumo de estupefacientes.
«agora cabe aos médicos determinar quando ele pode sair», adiantou a mesma fonte.
fonte hospitalar ouvida no local adiantou que é habitual que o estado de observação dure um a dois dias.
seabra, jovem de cerca de 20 anos que participou recentemente em portugal no concurso televisivo ‘à procura do sonho’, será posteriormente levado para a esquadra para interrogatório, onde poderá ser formalmente acusado do homicídio.
pelo crime de homicídio, seabra enfrenta a pena perpétua, a máxima no estado de nova iorque, além de impossibilidade de liberdade condicional. a extradição é pouco habitual quando o crime é cometido por estrangeiros.
a polícia continua a recolher provas no local do crime, o luxuoso e recém-inaugurado hotel intercontinental, próximo de times square, que está vedado a não hóspedes.
todos os funcionários receberam ordens estritas para não fazer comentários sobre o caso, que tem merecido destaque na imprensa local, abrindo ao longo de toda a manhã o noticiário da principal estação de televisão local, ny1.
os detectives da polícia continuam no hotel a recolher provas e têm também interrogado várias testemunhas principais, nomeadamente a portuguesa mónica pires, filha do jornalista luís pires, e amiga de carlos castro, que esteve durante oito horas a prestar declarações.
o corpo de carlos castro, cronista de 65 anos que estava em passeio em nova iorque desde dia 29 na companhia de seabra, foi descoberto perto das 19h de sexta-feira, com sinais de violência e mutilação.
esta manhã o corpo foi retirado do local e o médico legista deverá pronunciar-se nas próximas horas sobre a causa da morte, embora a polícia já tenha avançado que castro sofreu traumatismos violentos na cabeça e apresentava mutilações nos órgãos genitais.
a hora da morte também ainda não foi determinada.
informações inicialmente avançadas apontam para o uso de um computador portátil como arma do crime, o que a polícia até ao momento não confirma.
lusa / sol