elisabete jacinto finalizou no 2º lugar na categoria de camiões, a seguir ao checo tomas tomacek, e garantiu a 7ª posição na geral com automóveis.
foi em ambiente de festa e ao ritmo dos tambores africanos que elisabete jacinto fez um balanço desta prova «melhor ou pior cumprimos a nossa missão, eu pelo menos cheguei onde queria chegar, ficou um grãozinho na asa, fica o desafio para o próximo ano e é isso que me entusiasma, cada corrida eu acho que melhorei, que evolui e no próximo ano vou voltar entusiasmada para fazer melhor».
visivelmente satisfeita elisabete realça o sucesso desta competição, «foi um rali magnifico, com um percurso espectacular que gostei muito, percursos difíceis que nos fizeram transpirar imenso, que nos deram muitas dores de cabeça em certos sítios, mas tem aquela particularidade de não ter ligações grandes e nos permitir chegar relativamente cedo ao acampamento, ter tempo para descansar, ter tempo para fazer a mecânica ainda com luz do sol e isso é muito simpático». realçou o trabalho da organização pela componente humana que considera não existir em outros ralis e atribui essa responsabilidade ao organizador, «rene medge é um homem com um coração fabuloso, organiza provas para os pilotos, preocupa-se com eles, cuida deles e nós sentimo-nos muito acarinhados e é uma sensação muito boa».
destaca como melhor momento a ultrapassagem que fez ao tomas tomacek por uma pista paralela, sem tocar na sentinela, «o que me deu um gozo fabuloso, passar por ele assim, adeus vou-me embora».
durante muitos anos o sonho de elisabete jacinto era chegar ao acampamento ainda com a luz do dia e atingir uma média de 50km. metas já ultrapassadas e objectivos renovados, «agora já estou na fase final da ambição, a minha meta é ficar em 1º nos camiões e ficar na linha da frente com os automóveis».
destacou todos os que a acompanham neste percurso, «tenho uma equipa excelente a trabalhar comigo, tenho muito orgulho neles, se não fosse esta equipa não teria este sucesso», conclui. a próxima corrida de elisabete jacinto é já no mês de maio, na tunísia.
bruno oliveira e manuel rosa, estreantes neste rali internacional, destacaram-se ao conseguirem o 8º lugar na geral com camiões e a 2ª posição no troféu wildcat. bruno oliveira mostrou-se muito satisfeito por ter atingido o objectivo inicial de chegar ao fim e com esta classificação numa prova que considera «soberba, vimos paisagens incríveis de ficarmos arrepiados com a dimensão da natureza, a organização teve ao seu nível, teve perfeita e eu arrisco-me a dizer que esta é melhor prova do mundo». com uma grande lista de inscritos experientes, o resultado foi uma surpresa, realçada pelo vencedor deste rally raid, jean louis shlesser que fez questão de salientar o bom desempenho da dupla portuguesa, no final da prova junto ao lago rosa.
competir entre os melhores, como jerôme pelichet que já conta com 25 provas dakar, 4 faraós e 2 africa race é motivo de orgulho e admiração para bruno oliveira que espera aprender cada vez mais e «chegar à idade deles e competir desta forma, com esta resistência e competência». salientou o trabalho da sua equipa de assistência, para além do permanente reconhecimento pelo piloto e navegador manuel rosa, cujo desempenho foi largamente elogiado. o próximo campeonato é já em fevereiro, numa prova onde trocam as dunas por lama, em território nacional.
um final feliz para os portugueses em prova, com uma alegria contagiante que condiz com as cores de áfrica e o ritmo senegalês. segue-se a tradição com a chuva de champanhe, o discurso dos pilotos e a entrega de prémios em dakar.
emoções ao rubro numa aventura permanente que já deixa saudades a todos os que fizeram parte dela, para muitos a melhor prova de todo-o-terreno internacional.