no texto, a instituição adiantou que «os períodos de frio extremo, assim como as epidemias de gripe, estão associadas a excessos de mortalidade», acrescentando que, «em portugal, a média ao longo de várias épocas foi de cerca de 2.400 óbitos, variando entre a ausência de excesso e um acréscimo de 8.500 (1998-1999)».
sobre o aumento da mortalidade verificado nas últimas semanas em portugal, o instituto ricardo jorge admitiu que «está muito possivelmente associado ao período de frio e à circulação de agentes infecciosos respiratórios que ocorreu em simultâneo».
mais adiantou que «as análises preliminares dos dados efectuadas, apenas com números absolutos e não com taxas, mostram que o excesso de mortalidade se concentra no grupo etário dos 75 e mais anos», bem como nas regiões norte, centro e lisboa e vale do tejo.
o apuramento efectivo do impacto da infecção por gripe e o período de frio extremo na mortalidade só será possível, esclareceu, «com a análise da mortalidade desagregada por causas de morte, por região e por grupos etários», mas desde já assegurou que «não se identificaram outros factores que melhor possam explicar o excesso de mortalidade observado».
o período para este «apuramento epidemiológico e estatístico mais exaustivo» é estimado pelo instituto em pelo menos seis meses, por estar «condicionado à disponibilidade da mortalidade por causa específica».
em todo o caso, assegurou que vai investigar «em profundidade» os motivos associados a este excesso de mortalidade, em articulação com a direcção-geral da saúde.
o instituto ricardo jorge disponibiliza todas as quintas-feiras, na sua página na internet (www.insa.pt), o boletim da gripe.
lusa/sol