brandsbreeze é a versão 2.0 do comércio electrónico: qualquer consumidor com ligação à internet pode agora ir a um centro comercial, visitar lojas e procurar os artigos que pretende comprar sem sair de casa, num ambiente completamente virtual e a três dimensões.
e se, além disto, os clientes poupam tempo, ao evitarem filas de espera nas caixas de pagamento ou engarrafamentos no trânsito, os comerciantes ganham um novo canal de vendas, cada vez mais apetecível para um tipo de consumidor jovem, urbano e adepto das novas tecnologias.
este conceito inovador foi criado em novembro pela portuguesa clubefashion, mais conhecida como um site de descontos em grandes marcas de moda, restaurantes, spa e hotéis. «termos conseguido, em seis anos, atingir mais de dois milhões de pessoas em portugal e trabalhar com mais de 500 marcas nacionais e internacionais é uma das bases para a criação do brandsbreeze. o êxito do clubefashion contribuiu para o desenvolvimento do conceito e para a forte adesão das marcas a este projecto», explica miguel diniz, diretor-geral da empresa lusa e um dos responsáveis pelo centro comercial online.
internacionalização na calha
totalmente desenvolvida in house, a plataforma envolveu um investimento directo inicial de 200 mil euros, mas até 2015 deverá exigir seis milhões de euros, um valor que inclui a expansão internacional para fora da península ibérica, onde já se encontra em funcionamento. «está prevista a entrada no mercado alemão e inglês ainda durante este ano e estamos a preparar a entrada nos estados unidos em 2013», revela o responsável em declarações ao sol.
em portugal, o cliente pode pagar com cartão de crédito ou multibanco; em espanha o brandsbreeze disponibiliza ainda o sistema paypal. «o encargo associado ao transporte da encomenda é variável, havendo lojas que não cobram nada, outras que oferecem esse serviço quando as compras são acima de determinado valor e outras que cobram um valor fixo que ronda os quatro ou cinco euros para qualquer zona da península ibérica», esclarece miguel diniz, frisando que «o cliente usufrui ainda dos saldos e promoções tal como numa loja física».
a caminho do primeiro milhão
com 350 mil utilizadores, dos quais apenas «uma pequena percentagem se tornou efectivamente comprador», o brandsbreeze facturou 300 mil euros, desde que abriu, em novembro, até ao final de abril. o objectivo para o primeiro ano é «ultrapassar um milhão de euros e rapidamente atingir 1,5 milhões».
tal como qualquer centro comercial, o rendimento resulta de uma mensalidade paga pelos comerciantes: o brandsbreeze cobra aos lojistas um direito de entrada e uma renda, directamente indexada às vendas. fornece ainda outros serviços como a criação do catálogo de produtos e soluções de logística. «a publicidade dentro do shopping é algo que não está previsto nesta fase, mas poderá ser introduzida no futuro como forma de potenciar parcerias com marcas relevantes que não estão ou não podem estar presentes», adianta o empresário de lisboa.
entre 70 a 80 lojas no final do ano
o brandsbreeze abriu, em novembro, com cinco lojas mas hoje tem já seis vezes mais: lanidor, la kids, globe, casa batalha, quebramar, samsonite, impetus, coup de coeur, throttleman, red oak, parfois, o boticário, rockport, puma, gola, shulong, scala, boi, companhia das quintas, timex, artchezmoi (galeria de arte), stone by stone, eprestigio (multimarca de artigos de escrita) e lollipops.
são marcas nacionais e estrangeiras disponíveis para todos os utilizadores da web dentro da península ibérica. até ao final do ano, deverá abrir entre 46 a 54 novos espaços comerciais, perfazendo um total de 70 a 80 lojas. «para breve vamos ter uma parafarmácia, uma marca de criança, duas marcas de calçado, duas cadeias de retalho, uma marca de maquilhagem, agência de viagens e duas marcas na área do têxtil», conclui miguel diniz, director-geral da clubefashion e mentor do centro comercial online.