a quinta da leda, na região este do douro, é o berço de grandes vinhos de mesa, todos eles com a chancela da casa ferreirinha e a supervisão de uma equipa de enólogos liderada por luís sottomayor.
quase perdida no mapa, perto de almendra, junto a espanha, a quinta da leda reúne um cenário de rara beleza, emprestado pelo rio douro e pela ribeira de aguiar, e um património de notáveis vestígios históricos, como as ruínas de um castro romano do século i no cimo do monte callabriga e um muro apiário, imponente construção de xisto da idade média – implantada numa topografia bastante íngreme – cujas funções eram a defesa contra ursos e a protecção do vento.
mas deixemos a história e vamos ao vinho. desta propriedade saem preciosidades como o barca velha, o reserva especial, o callabriga ou o próprio quinta da leda. e agora veio para o mercado o mais recente elemento da casa ferreirinha, nascido na vindima de 2010 e baptizado como papa-figos. surgiu para se posicionar entre o esteva e o vinha grande, deve o seu nome a um bonito pássaro de penugem amarela que o enólogo luís sottomayor muito admira e que costuma aparecer na primavera, refugiando-se na ribeira de aguiar, em plena quinta da leda.
este vinho tinto deve ser consumido logo na sua juventude, embora possa beneficiar de um estágio em garrafa de dois a três anos, mantendo intactas as suas qualidades até seis anos. reúne castas portuguesas naturais do douro, como touriga franca (40%), tinta roriz (30%), touriga nacional (15%) e tinta barroca (15%). após o processo de vinificação iniciado no douro, onde passou o inverno em cubas de aço inoxidável, o vinho foi transportado em abril para vila nova de gaia, tendo sido aí elaborado o lote final depois de 25% do vinho ter estagiado 12 meses em madeira de carvalho francês.
apresenta um aroma a fruta vermelha bem madura com ligeiras notas de cacau, tem uma cor vermelha rubi e na boca revela acidez bem integrada, um bom volume e final longo. com um teor alcoólico de 13,3%, saíram para o mercado cem mil garrafas.
para beber e reviver a história de uma das mais famosas quintas do douro.