do papa, não se espera mais do que uma autoridade influente.
mas, do presidente da república, eu tinha esperança de mais do que isso. percebo que ratifique o oe 2013, para não criar uma crise politica imediata. percebo que peça a fiscalização sucessiva do tribunal constitucional – por certezas, e não apenas dúvidas, quanto a aspectos do diploma. mas não percebo que se limite a ficar á espera de entendimentos nacionais alargados e de uma maior lucidez internacional europeia que nos salve de politicas do nosso governo que ele claramente disse considerar incorrectas.
lembro-me de que ele deitou abaixo um governo de mário soares com ernâni lopes nas finanças, por não acreditar também na austeridade pura – mas de ter então proposto uma alternativa clara. precisamos dessa alternativa, antes de que seja tarde demais. esperamos por consensos internos (que passos não quer) e lucidez externa (que merkel subjugará aos interesses eleitorais dela na alemanha) parece insuficiente. perante a falta de alternativas (um ps sem ideias, um cds encurralado e o resto da esquerda delirante), o presidente representava uma nesga de esperança – se não se limitasse a criticar.