O incêndio neste concelho do distrito de Vila Real deflagrou na zona de Fervença, Parque Natural do Alvão (PNA), e estendeu-se por uma vasta área de mato e pinhal, tendo rondado várias aldeias.
A combater o fogo estavam àquela hora, segundo o comandante Álvaro Ribeiro, 278 operacionais e 87 veículos. Durante a tarde estiveram também, neste teatro de operações três meios aéreos pesados e foram accionadas duas máquinas de rasto militares.
A acção dos bombeiros foi dificultada pelos ventos fortes que se fizeram sentir durante a manhã, tendo havido necessidade de reforçar os meios com grupos provenientes de Castelo Branco, Leiria e Coimbra.
“Verificámos que havia ventos com 28 quilómetros por hora e até rajadas superiores, o que tornava impossível um combate directo. Isso arrastou as chamas para vários lados”, salientou o comandante.
O responsável referiu que o concelho “tem uma orografia muito difícil, com grandes declives e é muito arborizado, com pinheiro bravo”, o que levou a que “o incêndio tomasse várias frentes e evoluísse rapidamente”, acrescentou.
As atenções dos operacionais no terreno estiveram concentradas juntos às habitações.
Durante a tarde o vento acalmou um pouco e, ao final da tarde, de acordo com Álvaro Ribeiro, as várias frentes começaram “a ceder à pressão dos meios”.
O fogo mantinha-se às 19h00 activo com uma frente, que lavrava “com grande intensidade numa área arborizada”.
As chamas queimaram ainda os postes e fios da PT, deixando várias aldeias sem comunicações.
O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Humberto Cerqueira, afirmou hoje à agência Lusa que a “maior mancha florestal” do concelho foi hoje “dizimada pelas chamas”.
“Nós temos 11 mil hectares de mata e parte dessa riqueza está a ser destruída”, salientou.
Lusa/SOL