2006: geisers em saturno
a sonda cassini-huygens já se passeava pelo sistema solar há quase 10 anos, revelando imagens de alta resolução de planetas e satélites, quando chegou a vez do sobrevoo de saturno. a 9 de março de 2006, a equipa da nasa que segue esta missão revelou ao mundo imagens de geisers numa das luas deste planeta, encélado. em que é que isso contribuiu para a nossa felicidade? os cientistas descobriram que as erupções dos geisers têm origem em ‘bolsas’ de água líquida frias, perto da superfície. ou seja, esta lua do planeta conhecido pelos seus anéis é mais um candidato à possibilidade de ter vida no nosso sistema…
2007: ecce iphone
num texto recente, o escritor norte-americano jonathan franzen diz preferir a austeridade e o conteúdo de um pc ao ar ‘cool’ de um apple. mesmo assim, reconhece ao segundo o carácter ‘fashion’. a 9 de janeiro, steve jobs anunciou o aparecimento do primeiro smartphone da marca da maçã, o iphone, que seria lançado no mercado a 29 de junho, numa odisseia que ainda não parou. a empresa lançaria em 2010 o ipad, um dispositivo que fica a meio caminho entre o macbook e o iphone. com o glamour costumeiro, pois claro…
nuclear, sim
começou a ser construído em cadarache (marselha, frança) o iter, o reactor internacional de fusão que visa recriar na terra as condições que existem no sol para produzir energia. a junção de núcleos de hidrogénio para dar hélio liberta uma enorme energia. e a esperança humana é que daqui a algumas décadas, numa situação de esgotamento de outros combustíveis, seja possível recorrer a essa fonte de energia ‘limpa’.
2008: galileo vai para o espaço
foi lançado de baikonur, cazaquistão, usando um foguete soyuz, o segundo satélite do sistema galileo, o projecto da união europeia para concorrer com o gps norte-americano. ao contrário do gps, que teve origem militar e é hoje usado, com precisão, para fins militares, o galileo é um projecto civil, que, além do mais, se destina a mostrar a independência tecnológica da europa face a norte-americanos e russos.
híbridos como frankenstein
a 2 de abril, cientistas da universidade de newcastle anunciaram que tinham criado em laboratório um embrião híbrido com genes bovinos e humanos. mais do que brincar ao frankenstein, a experiência – devidamente autorizada pelo ministério da saúde britânico meses antes – serviu para produzir embriões para estudo de novas terapias contra doenças como o alzheimer. apenas três anos depois, já havia 150 embriões híbridos a serem desenvolvidos para os mesmos fins nos laboratórios britânicos.
2009: clone efémero
talvez inspirados pelo parque jurássico de spielberg, e com medo da extinção de uma espécie endémica da península ibérica, o ibex, cientistas espanhóis e franceses clonaram um espécime com sucesso em janeiro. mas dizer ‘sucesso’ é relativo neste caso – o novo exemplar desta espécie de mamífero caprino durou sete minutos. tinha sido clonado a partir de tecidos do último ibex vivo, uma fêmea que morreu em 2000. desde essa data que a equipa vinha tentando, sem sucesso, clonar o animal, que não deixou descendentes, por já ter machos com os quais se pudesse reproduzir.
2012: enfim, a partícula
foi anunciada no cern (genebra, suíça) a descoberta do bosão de higgs, partícula que faltava para a compreensão das partículas fundamentais do universo: o higgs, ao qual alguns chamam ‘partícula de deus’, é responsável pela massa das outras partículas. o acelerador lhc do cern, a maior máquina do mundo, tinha sido construído precisamente para a detectar.
