Pandemos: Homeostética para o povo

“Tivemos a sorte de ter nascido/num fim de qualquer coisa/menos século:/uma época sofisticada,/anestesiada,/morna,/com falta de ponta”. Assim escrevia Pedro Proença no último manifesto do Movimento Homeostético, no fim dos anos 80. Do grupo artístico, Proença, Manuel João Vieira e Pedro Portugal mantiveram a cumplicidade ao longo de 30 anos, como se pode comprovar desde sábado…

pandemos reúne desenhos, livros e filmes dos três criadores. no manifesto escrito para acompanhar a exposição, são lançadas as pistas: pandemos é sobre a política sem miséria sexual (para todos, para o povo!), e de como há uma continuidade (pesem embora as privacidades) entre a família, a vida pública e o ir para a cama com”.

e é também um filme “feito sem meios” e “inspirado sobre a falta de inspiração e de como os santos ou os psicanalistas talvez possam devolvê-la”.

a exposição, que surgiu por convite da presidente da instituição, maria da graça carmona e costa, tem a particularidade de não ter comissário.

pandemos é visitável de quarta a sábado até 28 de dezembro.

cesar.avo@sol.pt

[corrigida às 10h30 de 29/10/2013]