este último é o resultado do acesso privilegiado às fontes do partido, tendo por isso um conjunto de fotografias únicas (como, por exemplo, a de cunhal a jogar bowling na rda). é também e sobretudo uma exaltação do líder histórico do pcp, bem como de propaganda comunista, em contraponto ao livro de joaquim vieira. isso é visível em pormenores como as legendas das fotografias. uma mesma fotografia nos dois livros, na qual um jovem cunhal está na praia com a família, numa pose zombeteira, recebe as diferentes leituras: “uma expressiva manifestação da alegria de viver” e “fingindo sustentar a rocha”.
além desse aspecto, o livro causou celeuma por não conter fotografias de dissidentes, nem sequer de mário soares, no dia em que cunhal regressou do exílio.
como resultado de um colectivo (comissão das comemorações do centenário de álvaro cunhal), é um livro que contextualiza a época, com imagens que documentam a pobreza e a repressão do regime. mas sempre, claro, na óptica do pcp.