Venda de casas caiu 55% numa década

Apesar de um ligeiro aumento no número de transacções de imóveis no final de 2013 e no início deste ano, a verdade é que a venda de casas caiu 55% em 12 anos. Desde o ano 2000 até 2012, o número de transacções caiu a pique, assim como o valor dos imóveis.

De acordo com informação do INE, tendo por base a Direcção-Geral da Política de Justiça, do Ministério da Justiça, de 2000 a 2012 a região que registou a maior quebra foi Lisboa, com um decréscimo a rodar os 70%. Nos Açores sentiu-se a menor descida no número de transacções, menos 45%.

Durante esse período, o valor médio dos imóveis transaccionados teve um decréscimo notório em todas as regiões. Nesses 12 anos, houve uma descida de maior relevo nas transacções de prédios urbanos, atingindo essa quebra um valor de 64%. Isso como resultado do clima económico, da restritividade bancária, deterioração do poder de compra resultante, das prestações sociais e da carga fiscal, bem como a redução das remunerações no sector público e privado, num contexto de desemprego elevado.

Venda de 11.800 imóveis por mês em 2012

O número de transacções dos imóveis urbanos ascendeu a 90,8 mil em 2012, uma queda de 19% face ao período homólogo anterior. A quebra foi acompanhada pela descida do valor global das transacções. O valor médio unitário dos imóveis rondou os 95 mil euros, um decréscimo de 5,4% face ao ano anterior.

De acordo com o Catálogo Estudos de Mercado do I Trimestre de 2014, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, em média transaccionaram-se quase 11,8 mil imóveis por mês em 2012, uma descida homóloga de 15%.

Durante o ano de 2012, o valor médio mais elevado das transacções concentrou-se na região de Lisboa, ascendendo a 143 mil euros, e o mais baixo esteve nos Açores, 32 mil euros.

No que se refere aos prédios urbanos, o decréscimo do número de transacções, à semelhança do país, foi notório em todas as regiões, com particular destaque para Lisboa (69%). A menor quebra foi registada na região da Madeira (56%).

Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP

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