Em causa está o novo código de ética da Saúde, que o ministério de Paulo Macedo quer implementar e que define um conjunto de novas regras de funcionamento e que, segundo a Ordem dos Médicos, quer «impedir os profissionais de falarem publicamente sobre o que se passa nos seus locais de trabalho».
«Os doentes estão ao lado dos profissionais de saúde que os tratam e os ajudam a ultrapassar todos os infortúnios que tem vivido nos últimos tempos, devido a dificuldades impostas pelo Ministério da Saúde aos profissionais de Saúde e doentes», avisou ontem em comunicado Arsisete Saraiva, presidente do Comité Executivo do Fórum Saúde, considerando que a «prepotência do Ministério da Saúde tem desfeito o SNS». Para os doentes o objectivo deste projecto é apenas evitar que «em alturas eleitoralistas» como a actual «venham a público as verdades sobre a realidade do SNS: a falta de medicamentos, o excesso de trabalho e a falta de condições dos profissionais de saúde e as reduções do número de camas».
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