Em comunicado, a UPT afirma que o estudo, que analisou 136 alunos do 3.º ciclo e do secundário, no ano lectivo de 2012/2013, conclui que "os adolescentes são incapazes de gerir as duas finanças pessoais".
Eugénia Ribeiro, autora deste estudo, defende que, "para se criar uma educação financeira eficaz, é necessário aproximar os pais da escola, pois são eles que transmitem aos jovens os valores e hábitos de compra que começam em casa, e é preciso que o papel da escola passe por disponibilizar conceitos, como custos, poupança, características de um bom empreendedor, entre outros".
Para Eugénia Ribeiro, é necessário "investir neste tipo de educação, não só nos currículos escolares mas também nas rotinas familiares".
O estudo foi realizado através de inquéritos, sendo a amostra constituída por 55% de estudantes raparigas.
Dos 136 alunos inquiridos, 17,6% pertenciam ao 7.º ano de escolaridade, 14,7% ao 8.º ano, 17,6% ao 9.º, 13,2% ao 10.º ano, 19,9% ao 11.º e 16,9% ao 12.º ano.
A autora do estudo entende ainda que os adolescentes têm de ser "formados para as questões económicas e financeiras, de forma a adquirirem uma relação saudável com o dinheiro, competências para poupar e planear as suas despesas, tomar decisões e fazer escolhas financeiras, sem grandes oscilações económicas ao longo das suas vidas".
"Para que a educação vá em frente", conclui, "é preciso torná-la obrigatória e a forma mais segura de garantir esse conhecimento seja transmitido é a sua inclusão no currículo escolar".
Lusa/SOL