"Eu tive, não sei se a vantagem, [se] a desvantagem, de há cerca de uma semana ter escrito sobre esta matéria antes dos acontecimentos. E era evidente, não é preciso sequer ter informação privilegiada, para saber que a condução de todo este processo é tipo navegação de cabotagem, é à vista, é à vista da costa", afirmou domingo Pacheco Pereira, em Seia, onde participou na iniciativa da JS denominada "Academia Socialista".
Pacheco Pereira acrescentou que, tendo o processo sido conduzido "à vista da costa, está sempre a mudar, conforme a costa".
A equipa de gestão do Novo Banco liderada por Vítor Bento confirmou no sábado, em comunicado, que tinha apresentado ao Fundo de Resolução e ao Banco de Portugal a intenção de renunciar aos cargos desempenhados na administração da entidade.
O Banco de Portugal deve anunciar esta tarde Eduardo Stock da Cunha como o sucessor de Vítor Bento na presidência do Novo Banco, depois de o responsável ter aceitado o convite que lhe foi endereçado pelo supervisor durante a semana passada.
Fontes bancárias confirmaram o nome de Stock da Cunha como o futuro presidente do Novo Banco, revelando que o gestor aceitou o desafio que lhe foi apresentado durante a semana passada pelo supervisor, na sequência da intenção manifestada pela equipa de gestão liderada por Vítor Bento.
No dia 3 de Agosto, o BdP tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES), depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES mas que está em liquidação, ficaram concentrados os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas.
No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os activos e passivos considerados não problemáticos.
SOL/Lusa