Segundo o site Science of Us, os primeiros resultados de um estudo norte-americano demonstram que efectivamente as mulheres se lembram não só de mais coisas como mais rapidamente e com mais detalhes do que os homens, especialmente se forem memórias autobiográficas. E há uma maior probabilidade das memórias das mulheres serem mais precisas do que as dos homens.
E de quem é a culpa? Dos pais.
As crianças aprendem como memorizar determinados eventos entre os dois e os seis anos de idade e isso desenvolve-se através de conversas com outras pessoas, especialmente com os pais. Por exemplo, quando uma mãe pede à/ao filha/o para contar pormenores sobre algo que tenha acontecido na escola, implicitamente está a dizer à criança que esses detalhes são importantes e isso faz com que, em adultos, recordem esses episódios mais facilmente.
A única questão é que a maneira como os pais falam com as filhas é diferente da maneira como falam com os filhos. Este estudo refere que as mães, inconscientemente, introduzem pequenas informações novas nas conversas com as filhas e tendem a fazer mais perguntas quanto àquilo que sentiram em determinada situação – algo que não fazem quando falam com os filhos.
Com os rapazes, as progenitoras têm mais tendência a explicar-lhes como devem lidar com aquilo que sentem.
Essas referências informativas e emocionais ‘extras’ – podem ser desde aquilo que estavam a vestir ou aquilo que sentiram naquele momento – que são introduzidas nas conversas com as meninas funcionam como ‘pistas’, tornando-se assim mais simples, em adultas, recordarem esse momento ou situação.
O ideal é tentar ter o mesmo tipo de conversa com qualquer um dos seus filhos, para tentar contornar esta tendência nos adultos.