Nuno Crato diz que até quarta-feira chegam às escolas 800 professores

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, disse hoje que até quarta-feira chegam às escolas cerca de 800 professores e que, “em princípio”, a situação ficará resolvida esta semana.

Nuno Crato diz que até quarta-feira chegam às escolas 800 professores

"A nossa preocupação máxima neste momento é que cheguem à escola o mais brevemente possível os professores necessários para colmatar os horários que foram pedidos", afirmou Nuno Crato, à margem da conferência "O Futuro da Europa é a Ciência", que está a decorrer na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

"Houve um erro ao início e isto atrasou este processo", justificou o ministro quando questionado pelos jornalistas.

Quanto aos 150 professores que tinham sido colocados e voltaram a ficar sem trabalho, Nuno Crato referiu que as colocações resultaram de um erro que teve de ser corrigido.

"Tendo havido esse erro, esses professores foram colocados passando à frente de outros que deveriam ter sido colocados. Nós reconhecemos isto, é lamentável", disse, escusando-se a responder sobre as condições para permanecer no cargo.

Nuno Crato explicou que, a partir do momento, em que foi detectado um erro, este tinha de ser corrigido.

"Nós temos necessidade de cumprir a lei e cumprir a lei significa que os professores sejam colocados obedecendo a dois factores: a graduação profissional e a avaliação curricular", sublinhou.

A partir daí, os professores são hierarquizados para os horários que estão disponíveis e são esses professores que têm de ser colocados nos lugares existentes.

Neste processo "houve dois tipos de erro": O erro na hierarquização dos professores pela harmonização dos dois factores e "insuficiências na plataforma que não permitiram que a resposta dos professores fosse inequívoca", explicou o ministro

Questionado sobre o tempo de demora para resolver o processo, Nuno Crato justificou que, "depois de reconhecido o erro", teve de ser reaberta a plataforma para que os professores pudessem clarificar os pontos que não tinham sido bem clarificados, o que exigiu um prazo de três dias úteis.

"Em seguida é preciso fazer correr o programa e verificar se há ou não falhas, o que demora mais um dia ou dois", e por último, "é preciso publicar as listas", disse, acrescentando: "Foi todo este processo que teve de ser feito e demorou este tempo".

Nuno Crato disse ainda que o ministério está "a acompanhar com particular atenção" o caso dos 150 professores que ainda estão por colocar.

Sobre a possibilidade destes professores recorrerem aos tribunais, o ministro disse que "é algo" que o ministério vai "ter de encarar numa fase seguinte".

"Neste momento, estamos ainda a proceder a colocações e a nossa esperança é que seja muito pequeno ou mesmo nulo o número de professores nessa circunstância", adiantou.

Neste momento, há 150 professores nesta situação, mas Nuno Crato disse que é um número que está a ser reduzido dia-a-dia.

"Espero que chegando ao fim as coisas tenham corrido bem" para estes professores, sublinhou.

actualizado às 17h20

Lusa/SOL