Esta semana, uma amiga portuguesa convidou-me para ir a uma festa, mas nem associei a data ao Carnaval. Só no caminho é que 'descobri' que era véspera de Carnaval e que junto à Ilha de Luanda a agitação era forte. Os primeiros clientes a chegar mostravam alguma extravagância, mas nada que se pudesse assemelhar àquilo a que iríamos assistir. Digamos que em qualquer parte do mundo – não sei se isso é tratado no filme As Cinquenta Sombras de Grey – as mulheres mascaradas de enfermeiras, freiras ou polícias criam alguma agitação, tanto nelas próprias como nos homens. Já os machos, em Luanda, mostravam todos os seus músculos, apesar de alguns calções muito apertadinhos… Um número considerável de figuras bem-dispostas apareceu mascarado de árabe, enquanto outros optaram por colocar um capacete e uma 'farda' como se fossem trabalhadores das obras… De gosto bem duvidoso, mas cada um sabe de si.
Por falar em gostos duvidosos, quem conhece Angola sabe que ninguém tem vergonha de ser feliz. Gordos ou magros vestem-se com roupas justas, se for essa a vontade. Não há limites e os corpos XXL rivalizam com os S. Algumas mulheres que aparentavam ter muitos litros de silicone no peito, faziam questão de o mostrar sem qualquer complexo. Uma das partes engraçadas da festa foi dada pelos expatriados que tentavam a todo o custo dançar as 'kizombadas' como os naturais. Um cenário hilariante que me fez passar o tempo.
P. S. Nessa noite tocou aquele que era o melhor DJ que actuava, com regularidade, em Luanda. O sucesso transformou-o tanto que deixou de tocar aquilo que o tornou conhecido no Bar 300, entretanto fechado. Jeff com os seus ritmos africanos é apenas mais um…