A empresa de formação e consultoria foi declarada insolvente no final de 2012, mas o pedido chegou a ser contestado por um ex-funcionário que pediu a nulidade da decisão e a abertura de um processo-crime para analisar a actividade da Tecnoforma.
A assembleia de credores aprovou agora o plano de insolvência, de acordo com o anúncio publicado hoje no Portal Citius e assinado pela juíza Elisabete Assunção.
O processo está a cargo do administrador de insolvência João Correia Chambino, que reuniu um conjunto de 124 credores a quem a Tecnoforma deve cerca de dois milhões de euros no total, segundo informações avançadas pela comunicação social.
Entre os credores estão bancos, sociedades de formação, sociedades de advogados e agências de viagens. Na banca, destacam-se o BCP, BIC, BES, Banco Popular, Santander Totta e Barclays.
O Instituto de Segurança Social, a Sogel – Sociedade Geral de Empreitadas e a Soprofor – Sociedade Promotora de Formação também constam na lista de credores.
Os contornos da ligação de Passos Coelho à Tecnoforma não são totalmente claros, persistindo ainda dúvidas em relação a vários factos, como a data de entrada ou de desvinculação à empresa.
O período em que o primeiro-ministro terá trabalhado no Centro Português para a Cooperação (CPPC), uma ONG da empresa Tecnoforma, chegou a motivar suspeitas de evasão fiscal.
Na legislatura de Passos Coelho, o vínculo com a Tecnoforma é um dos temas que tem suscitado maior pressão mediática e política.