Mas quanto a Vieira Pereira, tratando-se de um colega, mais novo e menos experiente, prefiro não comentar mais a sua atitude.
Agora em relação à gente do PSD que quer fazer do assunto um atentado à liberdade de imprensa – quero garantir, que não tendo nunca reagido à maneira de Vieira Pereira (vá-se lá saber quem tem mais razão), recebi muitas vezes tentativas de pressão fortíssimas de dirigentes de diversos partidos, sobretudo do PSD. Quando estava no Expresso (ou seja, antes de emigrar para Madrid durante 14 anos, em Janeiro de 1989, e ainda não havia SMS, isto fazia-se em conversa directa ou pelo telefone), isso era o pão nosso de cada dia.
E nem sequer me refiro às más criações de leitores que nos comentam sem freio nem preparação, sem sequer digerirem o que escrevemos, pretendendo pôr-nos numa posição semelhante à deles, quando se diz mal de Passos é porque se é a favor de Sócrates ou vice-versa (no fundo, apenas uma ingenuidade mal educada). Falo de tentativas descaradas de pressão. Mas alguém que não as aguente de facto pode ser jornalista? Parece que sim, mas eu acharia que não.