Destes oito, quatro são maiores de 16 anos e serão alvo de procedimento criminal, enquanto os restantes, menores de 16 anos, verão os processos a correr no tribunal de Família e Menores, disse à agência Lusa fonte policial.
A mesma fonte disse à Lusa que os agressores maiores de 16 anos estão indiciados dos crimes de sequestro e ofensa à integridade física, entre outros.
De acordo com a mesma fonte, a principal agressora tem 15 anos, e a outra rapariga e um rapaz que também aparecem como agressores no vídeo já são maiores de 16 anos.
Na terça-feira à noite, na sequência da divulgação do vídeo no Facebook, pelo menos dois progenitores de duas das envolvidas no vídeo deslocaram-se voluntariamente à PSP para denunciar os factos.
Os pais e o agredido estiveram hoje nas instalações da PSP, onde formalizaram o procedimento criminal.
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito tutelar educativo aos agressores menores de 16 anos no caso ocorrido na Figueira da Foz e, quanto aos maiores de 16 anos, está a investigar as agressões e divulgação das imagens.
A Procuradoria-Geral da República adiantou à agência Lusa que "existe um inquérito tutelar educativo no Ministério Público da Figueira da Foz", quanto aos agressores menores de 16 anos, e que "foi também apresentada no Ministério Público, do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) da Comarca de Coimbra, uma participação, relativamente aos maiores de 16 anos, pelas agressões e pela divulgação das imagens, encontrando-se a mesma "em investigação".
O esclarecimento da PGR surge após a divulgação de um vídeo que mostra duas adolescentes a agredirem um rapaz, na Figueira da Foz, durante cerca de 13 minutos, perante a passividade de outros jovens.
O vídeo já foi visualizado por quase dois milhões de pessoas, cerca de 24 horas após a sua divulgação, e suscitou centenas de insultos e comentários de repúdio.
O vídeo, divulgado ao final da tarde de terça-feira na rede social Facebook, tornou-se viral na internet e muitas pessoas reclamaram a intervenção das autoridades judiciais, PSP e Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.
Entretanto, a presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Figueira da Foz disse hoje que esta entidade vai averiguar os acontecimentos.
Lusa/SOL