O protocolo será assinado em Pequim, "nos finais de junho/início de julho", entre o Ministério da Agricultura e do Mar de Portugal e a Administração Geral da Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ), indicou o secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito.
Na mesma altura serão também assinados um memorando sobre vinhos, destinado a proteger as marcas portuguesas, e um protocolo sobre carne de porco e derivados, cuja análise de risco, por parte das autoridades chinesas, "está já na fase final", adiantou o responsável.
"Será um marco muito importante", afirmou Vieira e Brito acerca do acordo quanto à carne de porco.
Foi a quinta reunião daquele governante português com responsáveis da AQSIQ no espaço de três anos, mas segundo Vieira e Brito, "estes processos nunca são fáceis, qualquer que seja o país".
"No nosso caso, temos sido tratados com a maior simpatia e elevada cordialidade", acrescentou.
Além da carne de porco, Portugal solicitou à AQSIQ autorização para exportar laticínios, que já foi concedida, e aguarda resposta a idênticos pedidos relativos a cavalos, arroz, uva de mesa, pera e citrinos e outras frutas.
A assinatura do referido protocolo, um documento que "protege as plantas e envolve aumento da cooperação técnica e administrativa, permitirá agilizar a certificação dos produtos e criará mais confiança em relação aos dossiers ainda em análise", realçou o secretário de Estado.
Nuno Vieira e Brito foi o segundo governante português a visitar a China no espaço de uma semana, depois do secretário de Estado-adjunto da Economia, Leonardo Mathias.
Antes de Pequim, de onde regressa hoje a Lisboa, o secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar esteve em Xangai e Macau.
A visita coincide com um bom momento das relações económicas e comerciais luso-chinesas, nomeadamente no setor agroalimentar.
Segundo os números indicados à Lusa pelo gabinete de Nuno Vieira e Brito, nos últimos dois anos, as exportações agroalimentares de Portugal para a China continental cresceram 25%, ultrapassando 20 milhões de euros em 2014, e no primeiro trimestre de 2015 aumentaram 80% em relação a igual período do ano anterior.
Lusa/SOL