Hermano Sanches Ruivo, fundador da associação Cap Magellan, disse à agência Lusa que estão à procura dos jovens Julien Ribeiro e Cédric Santos, que surgem na conta @rech_paris do twitter.
"Pela fotografia eu diria que eles têm menos de 30 anos, provavelmente menos de 25 também. Eles não constam da lista dos feridos, daqueles que ainda estão a ser vistos nos hospitais, o que não deixa de ser uma má notícia, a menos que estejam completamente fora do esquema e nesse caso podemos estar numa falsa pesquisa. É um risco também, não podemos descartar que seja uma piada de mau gosto", descreveu.
O vereador da Câmara de Paris explicou ainda que a iniciativa de pesquisa da CapMag surgiu logo após ouvir falar do Bataclan e dos cafés frequentados pelos mais jovens, articulando depois a informação da associação com os seus contactos.
"Utilizo os contactos usuais da Câmara para o Instituto Médico-Legal, a Prefeitura, mas também através do 'twitter' pela conta que procura as pessoas. Nessa lista procuramos os nomes que têm claramente consonância mais portuguesa ou lusófona e depois fazemos o nosso trabalho através do 'facebook', procurando através dos endereços. Não temos obviamente a certeza que são todos parisienses", explicou.
Hermano Sanches Ruivo avançou ter tido, entretanto, a notícia de que uma pessoa – que a partir do apelido poderá ser de origem portuguesa – teria sido uma das vítimas mortais. A Lusa contactou o Instituto Médico Legal de Paris que negou avançar a informação à imprensa.
No sábado, o secretário de Estado das Comunidades portuguesas confirmou à Lusa que entre as vítimas destes ataques estão dois portugueses, um homem, de 63 anos, e uma mulher, luso-descendente, nascida em França em 1980, que estava na sala de concertos Bataclan, alvo do atentado mais mortífero na noite de sexta-feira na capital francesa.
Desconhece-se se a vítima mortal a que o vereador se refere e que admite ser portuguesa é a mesma que o Governo português já confirmou.
Lusa/SOL