O canal francês de televisão acrescenta que a mulher, já identificada pelos media como Hasna Aitboulahcen, fez um telefonema antes de morrer. A informação foi dada por uma fonte próxima da investigação, que adiantou que ainda não se sabe para quem a suicida ligou.
O seu telefone estava a ser escutado pelas autoridades, disse um especialista em assuntos de polícia e justiça ao canal de tv iTELE, o que permitiu descobrir o seu paradeiro e levar às detenções desta manhã.
Jean-Michel Décugis afirmou que a mulher estava a ser escutada por três entidades, nomeadamente por questões relacionadas com estupefacientes e, depois dos atentados de 13 de novembro, também pelos responsáveis pelo combate ao terrorismo.
A TF1 tem também em seu poder um ficheiro áudio, gravado por um amador, onde se ouve o tiroteio e uma troca de palavras entre esta e um elemento das forças de segurança. “Onde está o teu companheiro” – pergunta o polícia, ao que Hasna responde: ‘Não é o meu companheiro!”. O ‘companheiro’ em causa seria Abdelhamid Abaaoud.
Em conferência dada ao final da tarde, o procurador encarregado da investigação aos atentados não confirmou estas informações, não revelando a identidade da mulher que se suicidou.
Hasna Aitboulahcen foi a primeira mulher bombista suicida em solo de França. Tinha 26 anos, era francesa, e, até 2012, vivia e geria uma empresa de construção civil em Epinay sur Seine, localidade nos subúrbios de Paris e a 2 km de Saint-Denis. A empresa está em liquidação judiciária.
Parecia “obcecada pela jihad” acrescentou ainda Jean-Michel Décugis, acrescentando que se sabe que a mulher se propôs para “levar a cabo atentados em França” e que não há notícia de que tenha estado na Síria ou no Iraque.
Homem que planeou atentados de Paris terá sido abatido pela polícia