Além das ligações à fabricante francesa, com uma participação de 14,1% na PSA, a Dongfeng – que construiu 3,5 milhões de carros no ano passado – tem joint-ventures para produção de automóveis na China das marcas Renault, Nissan e Honda.
Segundo a Reuters, o gestor de 53 anos é o terceiro executivo da Dongfeng a ser investigado. Ren Yong, vice-presidente na parceria com a Nissan, já tinha sido investigado e afastado em dezembro do ano passado. O mesmo aconteceu a Fan Zhong, que até estava ao serviço da empresa enquanto representante do Partido Comunista.
Já este ano, Xu Jianyi, presidente do conselho de administração do grupo FAW – o terceiro maior fabricante de automóveis chinês, com 2,7 milhões de unidades em 2014 – foi também afastado da empresa e do partido devido a corrupção.
No setor automóvel estes casos acabam por beliscar várias empresas europeias, japonesas ou norte-americanas, uma vez que todos os grandes fabricantes do país asiático garantem boa parte da produção dessas marcas para o mercado chinês e ainda exportam esses carros para outros países.
A luta anticorrupção na China, uma campanha lançada pelo Presidente Xi Jinping em 2013, tem feito ‘vítimas’ nas direções e administrações de empresas de vários setores. Além disso foram ainda feitas investigações a grandes fortunas ‘guardadas’ dentro e fora do país. E as autoridades do país asiático levaram já a cabo centenas de detenções, algumas de fugitivos que foram capturados fora da China.