A Didi, aplicação chinesa rival da Uber, tornou-se a empresa do setor mais rentável do mundo. Lançada em 2012, viu o seu volume de negócios aumentar depois de ter alargado este ano os seus serviços a mais de 200 localidades de dimensão média na China, passando a estar disponível em 400 cidades do país.
Só no primeiro mês deste ano, os serviços da empresa movimentaram 800 milhões de dólares (cerca de 735 milhões de euros), ou seja, um valor acima dos 600 milhões que o setor movimentou nos mercados dos EUA e do Canadá, onde dominam as empresas Uber e Lyft.
Este sucesso deve-se, em parte, ao crescimento do acesso à internet. Em 2015, a população online da China atingiu os 688 milhões, acedendo 90% dos utilizadores à internet através de smartphones e outros dispositivos móveis.
Com um valor de mercado estimado em 16,5 mil milhões de dólares, aquele aplicativo tornou-se uma das startups mais bem-sucedidas da China nesta década.
Também a Uber, que opera na China, planeia expandir este ano os seus serviços a uma centena de localidades do país.
No entanto, as duas empresas enfrentaram a oposição dos taxistas convencionais, o que provocou em anos anteriores a proibição de operarem em algumas cidades e inclusive investigações por alegada prática de concorrência desleal.
Recorde-se que, em janeiro passado, o ministro dos Transportes chinês garantiu que “todas as empresas de aplicações de transporte se devem reger pelas leis do mercado dos transportes e levar as suas responsabilidades a sério. Os carros privados devem ser banidos da nossa plataforma de operações”.