A reposição do IVA a 13% trouxe boas notícias ao mercado de trabalho nacional – e prova disso é o facto de, entre março e junho deste ano, terem sido criados mais 28 500 postos de trabalho.
Quem o afirma é a Associação Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), garantindo que também o crescimento progressivo do número de turistas estrangeiros tem aumentado a confiança dos empresários portugueses. Em comunicado, a AHRESP salienta que este crescimento é cada vez mais importante tendo em conta o peso destes setores na economia nacional: “Estes números vêm confirmar a forte tendência de crescimento do alojamento e a restauração e bebidas, que se assumem como um dos maiores empregadores a nível nacional com 283 mil postos de trabalho”.
Além disso, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, sublinha que, até ao final deste ano, a criação de postos de trabalho nestas áreas deverá continuar a aumentar. De acordo com a associação que representa o setor, no terceiro trimestre deste ano este valor deverá ficar “muito próximo dos 300 mil postos de trabalho”.
“Esta é a confirmação do que a AHRESP sempre afirmou, no sentido do enorme potencial que o setor do turismo tem para criar riqueza e postos de trabalho, assim sejam tomadas as medidas certas para a sua concretização”.
Agricultura também pesou Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o turismo e a agricultura foram os setores que mais contribuíram para a criação de postos de trabalho e consequente descida da taxa de desemprego no segundo trimestre – para o nível mais baixo desde 2011.
A taxa fixou-se nos 10,8%, sendo este valor inferior em 1,6 pontos percentuais ao do trimestre anterior e “o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2011”.
O INE recorda que a descida do desemprego tem ocorrido sempre nos segundos trimestres nos últimos anos, mas o comportamento verificado este ano “foi bastante acentuado, à semelhança do observado no segundo trimestre de 2015”.
No caso do turismo, o impacto positivo vê-se sobretudo na queda abrupta do desemprego principalmente na zona do Algarve.