Costa espera que não haja “manobra de última hora” na corrida a secretário-geral da ONU

“Acho que é um motivo de orgulho para todos nós verificar que, em quatro votações consecutivas, os membros do Conselho de Segurança foram claros na resposta: é António Guterres”

António Costa destacou, esta sexta-feira, o caráter transparente do processo para a escolha do próximo secretário-geral da ONU e disse esperar que não haja “alguma manobra de última hora”.

"É muito positivo que este processo, pela primeira vez, tenha decorrido de uma forma aberta e transparente, e que os diferentes candidatos se tenham apresentado a tempo e horas, tenham sido submetidos a auscultações públicas, tenham tido que se confrontar num debate televisivo e que a opinião pública mundial tenha podido acompanhar todo este processo", afirmou o primeiro-ministro, em Bratislava, onde se encontra juntamente com outros 26 líderes europeus para debater o futuro da Europa.

Questionado sobre uma possível candidatura da búlgara Kristalina Georgieva, atual vice-presidente da Comissão Europeia, Costa disse que é importante seguir “as regras que estavam definidas”. “É uma campanha em que os diferentes candidatos têm vindo a dizer ao mundo ao que se propõem e acho que essa legitimação coletiva das Nações Unidas é muito importante. E seria, digamos, matar completamente este processo se houvesse agora alguma manobra de última hora de aparecer inopinadamente uma candidatura não apresentada devidamente, não submetida ao debate público, que não se confrontou nos debates com todos os outros”, explicou.

O primeiro-ministro considerou ainda que António Guterres é “um candidato que reúne um grande consenso" e que não tem "praticamente nenhuma oposição relevante”. “Acho que é um motivo de orgulho para todos nós verificar que, em quatro votações consecutivas, os membros do Conselho de Segurança foram claros na resposta: é António Guterres”.