O PCP considera que a polémica à volta da descida da TSU tem "um importante significado político" e foi útil para clarificar a situação política e mostrar que não existe uma coligação de esquerda.
"Esta votação tem um importante significado político (…) Contribuiu para o esclarecimento da nova fase da vida política nacional sublinhando particularmente o facto de não existir um governo de esquerda nem tão pouco uma coligação, maioria de esquerda ou acordo de incidência parlamentar de apoio ao governo, mas sim um governo minoritário do PS", diz o editorial do jornal oficial do PCP.
Os comunistas realçam que assumiram "o nível de convergência e o grau de compromisso inscrito na posição conjunta entre o PS e o PCP mas tem toda a independência para tomar as posições que melhor sirvam os trabalhadores e o povo".
O PCP defende ainda que a questão da TSU "contribuiu para o esclarecimento sobre as opções do governo do PS, traduzidas num aumento insuficiente do Salário Mínimo Nacional e na decisão de reduzir a contribuição patronal para a Segurança Social que, entre outros aspectos, promovia o condicionamento dos aumentos salariais e os baixos salários".
O PCP critica ainda a estratégia do governo neste processo por "submeter à concertação social as matérias laborais, dando o direito de veto às confederações patronais".
A descida da TSU para as empresas foi chumbada no parlamento pelo PCP, Bloco de Esquerda e PSD.